Chamou logo minha atenção, quando me deparei com esse título no site "Educar para Crescer". Esse assunto me interessa muito pois particularmente já vivenciei, por mais de uma vez, esse processo de mudança de escola no meio do ano, e posso garantir que não é nada fácil, nem para as crianças e nem mesmo para os pais. Mas existem circunstâncias que nos levam a isso. Certamente o "acolhimento" fez toda a diferença. Espero essa matéria possa ajudar quem passa ou ainda passará por esse processo.
Imagem: reprodução
Como ajudar seu filho a
enfrentar as inseguranças que surgem quando a troca de escola acontece no ano
letivo
Muitos
são os motivos que podem levar as famílias a trocar os filhos de escola no meio do ano. Entre eles, mudança de endereço ou de local de
trabalho dos pais, insatisfação com a escola antiga ou mesmo a constatação de
que as crianças não estão conseguindo se desenvolver pedagogicamente na
instituição em questão. De qualquer forma é preciso sempre ponderar os prós e
os contras da mudança, avaliando quais benefícios trará para o aluno.
E, uma hora que a mudança está decidida, é hora de pensar em como ajudar os filhos na adaptação ao novo ambiente e como superar eventuais inseguranças que possam surgir nesse processo. Essa adaptação inclui não apenas estabelecer novos laços de amizade, mas também se ajustar ao ritmo e ao conteúdo que está sendo estudado pela classe. Veja as dicas dos especialistas:
E, uma hora que a mudança está decidida, é hora de pensar em como ajudar os filhos na adaptação ao novo ambiente e como superar eventuais inseguranças que possam surgir nesse processo. Essa adaptação inclui não apenas estabelecer novos laços de amizade, mas também se ajustar ao ritmo e ao conteúdo que está sendo estudado pela classe. Veja as dicas dos especialistas:
1. Quanto vale a pena mudar o filho de escola no meio do ano?
Mudar de escola no meio do ano ou em outro
momento do ano letivo não é o fim do mundo: as crianças têm capacidade de
adaptação e precisam entender que mudanças fazem parte da vida. Por outro lado,
essa é uma mudança que demanda muita reflexão, conforme alerta Luiza Martins,
psicóloga do colégio Sarah Dawsey, do Rio de Janeiro, e mestre Psicologia pela
PUC-Rio. "É uma decisão que deve ser deve ser tomada com muita cautela,
pois toda mudança implica em uma adaptação por parte de toda a família, não
apenas do aluno", diz. A família vai mudar de cidade ou de endereço? Nesses
casos, é quase certo que a mudança de escola não possa ser evitada. Em outros
casos, os motivos da mudança dizem respeito à escola ou ao desempenho do aluno.
"Costumo dizer que nem toda escola é para toda família. Há muitas opções
de escolas, com metodologias e formas de atendimento diferentes. Por isto, é
importante que a família esteja atenta para o caso de a escola não estar
atendendo às necessidades de aprendizado da criança. Ainda assim, a decisão de
mudar deve ser bastante analisada".
2. A mudança de escola no meio do ano é algo que os pais devem procurar evitar?
Segundo os educadores, quando for possível, é
bom evitar uma mudança no meio do ano. "As escolas têm ritmos diferentes e
podem apresentar conteúdos em momentos diferentes das outras. Por isto, uma
mudança no meio do ano pode criar uma defasagem da criança em relação ao resto
da turma. Além disto, a criança terá menos tempo para se adaptar ao novo
ambiente e à nova metodologia de ensino", diz Luiza Martins, psicóloga do
colégio Sarah Dawsey, do Rio de Janeiro.
Elisabete Duarte, do Colégio Nossa Senhora do Morumbi, de São Paulo, afirma que os pais também devem ponderar bastante a troca de escola por conta do desempenho do aluno. "Preocupa-me quando a mudança está especificamente ligada às notas que o aluno teve. Não é saudável mostrar aos alunos que sempre há um caminho mais fácil de resolver esta questão. O ideal nesta situação é que ele se responsabilize por seu processo de aprendizagem e tente tudo o que for possível antes de decidir pela mudança", diz ela. A profissional ressalta que, no entanto, há situações em que o aluno já não consegue ficar na instituição, pois está descontente, frustrado, com baixa autoestima e, por isso, não consegue mais se desenvolver na escola. Para ela, esse é um caso que justifica a mudança, mesmo no meio do ano. "É importante que o aluno tenha a chance de construir uma nova história em outra instituição de ensino. A mudança não é fácil em nenhuma destas situações. Para que ela aconteça da forma mais tranquila possível o aluno deve ser acolhido tanto pela família quanto pela nova escola" diz ela.
Elisabete Duarte, do Colégio Nossa Senhora do Morumbi, de São Paulo, afirma que os pais também devem ponderar bastante a troca de escola por conta do desempenho do aluno. "Preocupa-me quando a mudança está especificamente ligada às notas que o aluno teve. Não é saudável mostrar aos alunos que sempre há um caminho mais fácil de resolver esta questão. O ideal nesta situação é que ele se responsabilize por seu processo de aprendizagem e tente tudo o que for possível antes de decidir pela mudança", diz ela. A profissional ressalta que, no entanto, há situações em que o aluno já não consegue ficar na instituição, pois está descontente, frustrado, com baixa autoestima e, por isso, não consegue mais se desenvolver na escola. Para ela, esse é um caso que justifica a mudança, mesmo no meio do ano. "É importante que o aluno tenha a chance de construir uma nova história em outra instituição de ensino. A mudança não é fácil em nenhuma destas situações. Para que ela aconteça da forma mais tranquila possível o aluno deve ser acolhido tanto pela família quanto pela nova escola" diz ela.
3. A mudança de escola no meio do ano afeta mais as crianças pequenas ou as maiores? Por quê?
Mudanças não são fáceis para ninguém. Porém, as
crianças mais novas têm mais facilidade para criar novos laços, diz Luiza
Martins, psicóloga do colégio Sarah Dawsey, do Rio de Janeiro. "Por isto,
a mudança costuma acontecer de forma mais natural para os menores. Por outro
lado, a criança mais velha tem maior entendimento da mudança e mais autonomia
para lidar com a situação", diz ela.
Elisabete Duarte, do Colégio Nossa Senhora do Morumbi, de São Paulo ressalta
que mudanças são sempre situações que geram insegurança, desestabilidade,
receios e angústias. "Trata-se de mudar seu círculo de amizades, conhecer
um novo espaço, adaptar-se e confiar em pessoas que ainda não conhece. Este
processo independe da idade do aluno. No entanto, quando está mudança é feita de
forma a acolher todos estes sentimentos tanto pela família quanto pela escola,
os alunos ganham recursos internos para enfrentá-la",diz Elisabete.
4. Como preparar as crianças para mudar de escola no meio do ano?
O importante é que a criança e o adolescente
tenham alguma participação em todo o processo de mudança, conforme orienta
Elisabete Duarte, do Colégio Nossa Senhora do Morumbi, de São Paulo.
"Levá-los à escola para conhecer as pessoas e o novo espaço é fundamental
para que se sintam de alguma forma ativos nesta escolha, independentemente da
idade", diz ela. Importante também é ficar atento aos comentários e aos
sinais dados pelos filhos nessas visitas.
Outra dica: se os pais não estiverem seguros da mudança, transmitirão medo e angústia para os filhos. Por isso, é fundamental que as crianças sintam que você confia na nova escola.
Outra dica: se os pais não estiverem seguros da mudança, transmitirão medo e angústia para os filhos. Por isso, é fundamental que as crianças sintam que você confia na nova escola.
5. E se o conteúdo na escola antiga e na nova for diferente? O que fazer?
Sempre haverá uma diferença de conteúdo, mesmo
que pequena, conforme diz Luiza Martins, psicóloga do colégio Sarah Dawsey, do
Rio de Janeiro. O primeiro passo, portanto, é alertar os filhos que isso
provavelmente vai acontecer. É também importante que os pais acompanhem de
perto o que acontece na escola e estejam em contato com professores e
coordenadores para saber como está se dando a adaptação do filho. "A
instituição tem que perceber esta diferença de conteúdos e prever
encaminhamentos que ajudem o aluno a enfrentá-la. Os pais devem se certificar
que isso seja feito pelos profissionais da nova escola", afirma Elisabete
Duarte, do Colégio Nossa Senhora do Morumbi, de São Paulo.
6. Como ajudar o filho a estabelecer vínculos com os novos colegas?
Os pais devem dizer aos filhos que estejam
abertos para formar novas amizades, respeitando as diferenças entre as pessoas.
"As crianças estão entrando em um grupo já formado e esta experiência pode
ajudá-los a desenvolver novas competências de relacionamento
interpessoal", afirma Luiza Martins, psicóloga do colégio Sarah Dawsey, do
Rio de Janeiro.
Mas não espere e não se desespere caso seu filho demore um pouco para aceitar a nova escola e fazer amizades. "Ele precisa de tempo para adaptar-se a nova rotina e criar vínculos com os colegas e professores. Este vínculo é fundamental para que se sinta seguro e confiante", diz Elisabete Duarte, do Colégio Nossa Senhora do Morumbi, de São Paulo. Segundo ela, os pais, dentro deste processo, têm um papel importante. Podem ajudar promovendo situações de encontro do filho com os novos colegas, por exemplo. Além dos pais, a escola também deverá acolher o aluno nesse momento: "Isso é fundamental para que o aluno sinta-se bem e perceba que todos estão ali para ajudá-lo na mudança", diz.
Mas não espere e não se desespere caso seu filho demore um pouco para aceitar a nova escola e fazer amizades. "Ele precisa de tempo para adaptar-se a nova rotina e criar vínculos com os colegas e professores. Este vínculo é fundamental para que se sinta seguro e confiante", diz Elisabete Duarte, do Colégio Nossa Senhora do Morumbi, de São Paulo. Segundo ela, os pais, dentro deste processo, têm um papel importante. Podem ajudar promovendo situações de encontro do filho com os novos colegas, por exemplo. Além dos pais, a escola também deverá acolher o aluno nesse momento: "Isso é fundamental para que o aluno sinta-se bem e perceba que todos estão ali para ajudá-lo na mudança", diz.
7. E se a criança pedir para voltar à escola antiga, como os pais e escola devem proceder?
Primeiro, é importante que os pais tentem
identificar se os filhos estão sendo resistentes ou se realmente não estão se
adaptando à escola nova. "Caso seja uma resistência, é importante que haja
muita conversa e que os pais insistam que os filhos se esforcem para se
adaptar. Mesmo porque mudança sempre gera desconforto. Caso a escola realmente
não esteja sendo boa para o aluno, é importante que os pais ajudem os filhos e
entrem em contato com a escola, para ver se é possível chegar a algum acordo.
Em ambos os casos, família e escola devem trabalhar juntos para que a criança
possa se desenvolver da melhor forma possível", diz Luiza Martins,
psicóloga do colégio Sarah Dawsey, do Rio de Janeiro.
Fonte: http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/meio-748584.shtml
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