quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Desafios da formação de leitores na escola

A experiência mostra que não basta oferecer mais livros aos alunos, afirma Denise Guilherme, formadora do programa Ler e Escrever, da Secretaria de Estado de Educação de São Paulo. Neste artigo, ela lembra que é preciso escolher bons livros literários, garantir a diversidade de gêneros e levar em conta as preferências das crianças e dos adolescentes

Denise Guilherme

1. Formação depende da qualidade das obras e das vivências com a leitura

Leitura de textos informativos. Alunos da professora de LÌngua Portuguesa Adriana Rodrigues de Almeida Oliveira escolhendo o formato dos folhetos que ir„o utilizar, na EM de Caimbongo. Data da foto: 2012. Crédito: Raoni Maddalena
Atividade de leitura de textos informativos na EM Caimbongo
Denise Guilherme, formadora do programa Ler e Escrever, da Secretaria de Estado de Educação de São Paulo. Foto: Gabriela Portilho
Denise Guilherme, formadora do programa Ler e Escrever, da Secretaria de Estado de Educação de São Paulo
Nos últimos anos parece haver consenso entre os professores do Ensino Fundamental sobre a necessidade de trabalhar com textos literários nas aulas de Língua Portuguesa. Talvez por isso, muitos educadores tenham dedicado parte significativa do tempo didático às atividades de leitura em voz alta, empréstimo de livros na biblioteca, contações de histórias, rodas de leitura entre outras estratégias para garantir que todos os alunos tenham contato com a literatura e, consequentemente, possam desenvolver o hábito de ler. Entretanto, embora tenhamos notado um maior interesse por parte dos alunos em relação aos livros e um aumento na quantidade de obras que circulam na escola e nas famílias, essas mudanças ainda não correspondem a uma significativa melhoria na compreensão leitora e tampouco a avanços em relação à qualidade dos textos escritos pelos alunos.
A experiência tem nos mostrado que não basta colocarmos os livros à disposição de crianças e jovens pra que eles compreendam a importância desse capital cultural e sejam seduzidos pela leitura. Essas iniciativas, que têm sustentado muitos projetos, não obtêm os efeitos desejados, pois se preocupam prioritariamente com a ampliação do acesso, mas não atentam para dois aspectos também importantes quando se deseja formar leitores: a qualidade dos livros oferecidos e a qualidade das interações que se estabelecem entre a língua e a linguagem por meio deles nas diferentes situações de leitura.
Para gostar de ler, é preciso ler bem. E para ler bem, é necessário ter diante de si bons materiais de leitura e situações que favoreçam um trabalho ativo de construção do sentido do texto. Isso exige oferecer livros variados e de qualidade, selecionados por educadores que planejem atividades que possibilitem, entre outras coisas: compreender o que está escrito e também o que não está, identificando elementos explícitos e implícitos; estabelecer relações entre a obra lida e outras já conhecidas; descobrir os inúmeros sentidos que podem ser atribuídos a ela; justificar e validar a sua leitura com base em elementos encontrados no próprio texto e em seu contexto. Ou seja, formar leitores requer um investimento significativo na construção de uma comunidade que compartilha seus textos, troca impressões acerca de obras lidas e constrói um percurso leitor próprio, inicialmente mediado pelo professor e, posteriormente, com autonomia.

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/palavra-especialista-lingua-portuguesa-desafios-formacao-leitores-escola-759549.shtml?page=0

Imagem: Reprodução

Um menino, sua amiga, um fichario e dois preás


Jonas tem 10 anos e não sabe ler, para aprender, vai contar com a ajuda de Mirela, que escreve cartas e poemas. O conhecimento da escrita se dá por meio de um livro ilustrado que narra as aventuras de Robinson Crusoé. A autora Mirna Pinsky conta a história por meio de vários narradores: Jonas, seu fichário, as cartas de Mirela, uma carta do avô de Jonas e, de certa forma, também por Robinson Crusoé. 

Saiba mais no link:http://goo.gl/TuOiuO 
Conheça todos os nossos lançamentos no hotsite: www.ftd.com.br/lancamentosliteratura #lançamentoFTD#literatura #livros

Dúvida de aluna: fichário ou caderno?

Se essa pergunta não sai da sua cabeça,  o post de hoje, retirado do site da "Capricho" vai ajudar você a fazer a escolha certa...Renovar o material escolar é um dos momentos mais "delicinhas" do começo do ano! Dá para combinar tudo do jeitinho que a gente imaginou e selecionar aqueles acessórios indispensáveis para o nosso dia a dia. Mas é bem nessa hora que bate aquela indecisão entre caderno e fichário. Em qual apostar? Os dois têm suas vantagens e desvantagens. Por isso, o site da Capricho explica tudo para você descobrir qual é a melhor opção para o seu estilo. 
Caderno
Tudo de bom: Você pode ter vários, um para cada matéria. Além de apostar em várias estampas, ainda rola de escolher diferentes tamanhos e formatos. Outro ponto positivo é que, nos cadernos, as folhas ficam fixas. Então, não acontece de perder algumas ou de esquecer com a amiga. E você só precisa carregar os cadernos das matérias específicas das aulas de cada dia. A Kipling tem um monte de opções para você voltar às aulas arrasando! Tem caderno com estampas divertidas, de tamanho pequeno, médio e grande, sem falar no estilo Moleskine – ótimo para as garotas clássicas.
Só que não: Se você é esquecida, não é lá muito indicado ter vários cadernos. Afinal, a chance de você levar o de história no dia da aula de geometria será enorme! Usar um caderno grandão, daqueles de 20 matérias pode ser uma alternativa, mas pode acabar faltando folhas no final do ano – e não dá para acrescentar, nem para trocá-las de lugar. 
Fichário
Tudo de bom: A organização das folhas é completamente livre! Dá para adicionar conteúdo novo e tirar material antigo a qualquer hora! Sem falar nas mil opções de bloquinhos divertidos que existem por aí. Na escola, a carteira fica bem organizada, porque tudo de que você precisa é o seu bloco de folhas. Já quando for estudar na casa da amiga, é só levar os papéis que interessam. Fichários como o New Storer, da Kipling, são muito legais porque têm um monte de bolsinhos para você guardar o que quiser!
Só que não: Talvez você ache o fichário um pouco pesado. Ele também tem poucas chances de caber na sua mochila. Nesse caso, é preciso levá-lo nas mãos ou nos ombros, com uma alça. E se você não for nota 10 no quesito organização, pode perder folhas ou misturar as matérias de vez em quando. 
Fonte:http://capricho.abril.com.br/moda/duvida-aluna-fichario-ou-caderno-771689.shtml?ref=lista

Veja dicas de adaptação das crianças e dos pais na volta às aulas

Especialistas falam sobre o impacto da escola nas vidas dos pequenos.
Evitar atrasos, ter paciência e não forçar amizades são algumas das dicas.


Escolas de todo o país retomam as atividades entre esta semana e o início de fevereiro. Neste ano, o calendário foi reformulado e as aulas devem começar mais cedo para que o recesso do meio do ano seja conciliado com a Copa do Mundo, a partir do dia 12 de junho. O período, mesmo para as crianças que já estão acostumadas com a vida escolar, é de adaptação e exige acompanhamento dos pais.
O G1 conversou com especialistas que dão dicas de como ajudar as crianças a passarem mais tranquilamente por este período:
No primeiro dia, não se atrase
Na primeira vez que uma criança vai à escola, as reações variam e, por isso, não há uma normativa única que se aplique a todos os casos, segundo explica a psicóloga e psicanalista Vânia Ghirello Garcia. Mas um comportamento dos pais pode ser chave para evitar problemas no segundo, terceiro e demais dias de aula. “No primeiro dia é importante não atrasar para buscar a criança na escola. Porque, se atrasar, a fantasia que a criança vai criar é que ela foi abandonada, que a mãe não vem mais. E aí, como ela vai para a escola no dia seguinte?”
De acordo com Vânia, é importante cumprir o combinado para que a criança tenha confiança, e isso facilita o processo de adaptação. Em geral, as escolas já têm suas regras sobre a permanência de mães e pais na sala de aula, ou em outro espaço da escola, nos primeiros dias. Mas, assim como em outras novidades na vida infantil –como o desmame–, também vale a regra de que a tranquilidade dos pais ajuda a tranquilizar os filhos. Uma dica de Vânia é conversar com outras mães que estão passando pelo mesmo processo. “Ao ouvir alguém falar de algo pelo qual você também está passando, você fica mais confortável.”
Evite frases como ‘coitado, vai para a escola’
Nos casos das crianças que já estão na escola, e agora voltam das férias, Andrea Ramal, doutora em educação, afirma que “a criança não entra no ritmo de uma hora para outra, os pais precisam entender e se envolver na dinâmica da volta às aulas”.
A especialista diz que esta é uma ótima oportunidade para que os pais reforcem a importância do estudo e evitem frases do tipo “agora acabou a brinadeira” ou “coitado, vão começar as aulas, vai ter de voltar para a escola”.
Segundo ela, “frases assim passam a ideia de que o estudo, prazer e diversão são opostos. Pais devem falar para as crianças que esta é uma época para evoluir, fazer amigos, que o estudo acrescenta, e mostrar que é algo valioso”.
Se houver resistência por muito tempo, procure a escola
O período de adaptação na escola é um momento de crescimento para o aluno que vai sair de sua zona de conforto, conhecer novos colegas, novos professores, segundo Andrea. “É positivo para a criança, desenvolve outras competências, como a inteligência emocional.”
Apresentar resistência no início é natural, mas os pais devem observar se a criança tem problema de adaptação por muito tempo. Neste caso, o ideal é procurar a escola para verificar se há um problema específico.
Mudança de escola exige paciência
Quando o filho vai para uma escola nova, em uma turma que já tem grupos de amigos formados, os pais devem acompanhar sua adaptação de maneira próxima. Se a substituição ocorreu por conta de uma mudança de cidade ou de bairro, a criança pode se sentir deslocada por ter quebrado laços afetivos. Andrea suger ao pais acompanhar a criança de perto para que ela tenha a certeza de que não está sozinha. “Se possível, levá-la e buscá-la na escola, perguntar como foi o dia, mostrar interesse.”
Nos primeiros dias, deixa rolar, para ver como vai ser, depois isso [fazer novos amigos] vai acontecer. Cada um vai ter um tempo de fazer amizade”
Vânia Ghirello Garcia,
psicóloga e psicanalista
Forçar novas amizades para reduzir a solidão do filho, porém, pode ser uma má ideia. A dica é evitar, no início do ano letivo, convites para brincar em casa e outras atitudes que obriguem o filho a conviver com os colegas recém-feitos fora da escola. “Nos primeiros dias, deixa rolar, para ver como vai ser, depois isso [fazer novos amigos] vai acontecer. Cada um vai ter um tempo de fazer amizade”, alerta a psicóloga Vânia.
Se a mudança ocorreu por um motivo negativo, como uma reprovação por exemplo, os pais devem mostrar o aspecto positivo de a criança estar numa escola, como a oportunidade de refazer a imagem, construir uma nova história. “Mudança de escola nunca é fácil, mas pode ser muito positiva”, explica Andrea.
Ano de Copa e eleições
A Copa do Mundo e as eleições prometem movimentar o currículo das escolas brasileiras neste ano. Os temas devem ser abordados de maneira mais forte e esta também será uma oportunidade de passar o conteúdo de forma interdisciplinar, aproveitando várias disciplinas, segundo Andrea Ramal.
“Será possível ligar o conteúdo da escola com a vida prática, levando o aluno a ler mais jornais, sites, competências cobradas até no Enem [Exame Nacional do Ensino Médio]. Mas é importante trabalhar de maneira integrada com os diversos professores para que não haja repetição de conteúdos. Vai ser um ano muito bom ser as escolas souberem aproveitar tanto no ensino fundamental como no médio”, afirma Andrea.

Fonte: http://www.livrosepessoas.com/2014/01/28/veja-dicas-de-adaptacao-das-criancas-e-dos-pais-na-volta-as-aulas/